Robert James Fischer (Bobby Fischer)
Sem dúvida, este é o maior nome do xadrez dos Estados Unidos. Apesar do xadrez ser mundialmente conhecido por ter seus grandes jogadores na União Soviética e Rússia, Bobby Fischer, como é conhecido, quebrou esse paradigma e entrou pro Hall da Fama do xadrez.
Ao longo de toda sua carreira, Bobby foi uma das pessoas mais polêmicas dos Estados Unidos, seu ego era algo quase inalcançável. Bobby Fischer juntava verdadeira multidões para assistirem suas partidas, e todos ficavam alucinados com o que viam, Bobby era brilhante, ele derroutou praticamente todos os Grandes Mestre do mundo em sua vitoriosa carreira.
É considerado uma lenda, embora faça muitos anos que ele parou de jogar, seu legado é gigante, e muitos novos enxadristas se inspiram no seu estilo de jogo. Ele é o detentor do rating mais alto da FIDE-Elo, com uma pontuação de 2870, baseado em todos os seus resultados ao longo da carreira de enxadrista profissional.
Bobby teve um aprendizado de xadrez muito precoce, aos seis anos de idade ele aprendeu os movimentos de cada peça, a pontuação de cada uma, mas até então, xadrez era apenas um passatempo. Sua primeira grande oportunidade como jovem enxadrista veio quando sua mãe decidiu instalar-se no Brooklyn.
Na época da mudança de Bobby para o Brooklyn, o xadrez nos EUA estava virando mania nacional, motivado por clubes, como o Manhattan e o Marshall, que eram exclusivamente dedicados ao jogo, foi convivendo em ambientes estimulantes assim, que Robert James Fischer se modelou para transformar-se no melhor dos melhores nos EUA, por muito tempo ele estudou o modelo de jogo dos soviéticos, o xadrez mais vencedor do mundo. Foram vários anos treinando nesses lugares, todos os dias disputando partidas com frequentadores diferentes desses clubes.
O resultado desse treinamento intensivo e do total abandono dos estudos escolares para dedicar-se ao xadrez foi uma conquista única em torneios: Fischer tornou-se campeão masculino dos Estados Unidos aos catorze anos de idade.
Provavelmente, naquela época Fischer não sabia quão íngremes eram os degraus restantes para o título mundial, detido então pelo envelhecido Botvinnik, quando se qualificou para o Torneio de Candidatos na primeira tentativa e se tornou, aos quinze anos, o grande-mestre mais jovem de todos os tempos. A sólida falange dos soviéticos superou facilmente seu rival menos experiente em 1959 e 1962 e Fischer requisitou então, com sucesso, que o sistema fosse modificado, passando de um torneio para uma sésie de eliminatórias entre os oito desafiantes finais. Foi com esse novo sistema que, em 1971, ele passou por todos os seus rivais e derrotou Spásski no ano seguinte.
Um dos pontos que mais chamavam atenção em Bobby, era que ele usava de sua fama e sua praticamente invencibilidade, para pedir caches enormes para participar de eventos, seus patrocinadores na época gastaram um bom dinheiro para bancar sua presença nos mais diversos torneios. Tanto o match projetado contra Karpov quanto a partida de retorno contra Gligoric em 1979 - que também não deu em nada - sairiam por um milhão de dólares ou mais.
Uma das coisas mais estranhas da brilhante carreira de Bobby Fischer, é que ele abandonou o xadrez no auge, era o melhor enxadrista do mundo, praticamente invencível, e de uma hora pra outra ele abandonou, tudo leva a acreditar que foi porque seus patrocinadores não estavam mais dispostos a bancar verdeiras fortunas para ele, sendo assim, Bobby largou o xadrez profissional.
Entre 1966 e 1970, encontrava-se praticamente aposentado, mas quando apareceu no "Match do Século", em que o time soviético venceu por pouco um selecionado do resto do mundo, jogou imediatamente uma partida digna de seu estilo contra Petrossian.